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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

fale das borboletas


Tenho percebido que para muitas pessoas os fatos tristes do cotidiano atual são mais prazerosos do que uma boa conversa jogada fora. Em muitas reuniões de família, amigos, visinhos, etc... é mais comum falar da desgraça alheia com certo gosto nas palavras do que simplesmente falar do vôo das Borboletas ou da sua esforçada metamorfose. Em muitas conversas dos adolescentes é mais comum falar da Banalidade das drogas, das “pegadas” nas minas, dos beijos nos “guris” do que se maravilhar com as descobertas da ciência sobre a misteriosa “máquina” chamada mente humana. Em tantos e tantos encontros de senhores muito do que se ouve é da morte de fulano, da tragédia de ciclano, dos desajustes de beltrano, da pulada de cerca do visinho, da loucura da filha da visinha, da gravidez inesperada da sobrinha, do infortúnio de um conhecido qualquer. Da greve, da crise, do desemprego, da doença, do acidente, do estupro, do roubo, do assalto, da guerra, da morte. Se a criança se jogou ou foi jogada do 6º andar de um prédio... Se a bolsa de valores subiu ou desceu com a queda das Torres Gêmeas. De tantas e tantas desgraças acumuladas nos últimos anos.

Aí eu pergunto: Temos o poder de resolver todos esses dilemas? Somos humanamente abastecidos com o poder divino de cuidar e resolver os problemas negativos da Vida dos Outros?

Falamos sobre essas coisas em nossos encontros porque já não temos mais esperança em um mundo melhor e não acreditamos mais no Amor?

Nos acostumamos com as tragédias que já não mais nos sensibilizamos com a dor alheia e porisso nossos comentários satirizam as situações vividas?

Onde estamos errando? Será que falar negativamente sobre assuntos negativos não vai atrair mais negatividade para a nossa vida?

Como seria bom nos encontrarmos com familiares e amigos e mudar o rumo da prosa, saboreando o doce sabor das palavras gentis saindo da boca para exaltar a sabedoria de dias melhores onde a conversa gira em torno de assuntos felizes, fazendo acontecer a roda da boa atração devolvendo ao mundo generosamente aquilo que nos propicia. Ou seja, falar bem de tudo que nos convém e receber de volta o bem que refletimos. Por que não, então, num encontro qualquer de um dia desses ao invés de falar da dor, da tragédia, da desgraça, atraindo isso novamente para si, não falar das borboletas! Simbolicamente dizendo, das coisas boas da vida: Da liberdade que temos, da natureza pra ser explorada conscientemente, dos amores, dos sabores, das alegrias, dos sorrisos e abraços que tanto nos fazem falta, dos olhares amorosos das pessoas que amamos ou estimamos, dos sonhos, das conquistas...

E se não quiserem falar das borboletas nas rodas de conversas, de chimarrão, de fofocas, porque não então desejar Boa Sorte, Fartura, Paz e Amor à todos com quem convivemos?

A escolha é sempre nossa: Falar mal das coisas ruins;

Falar bem do que é bom;

Desejar o bem ou falar das Borboletas, como quem apela: Vamos mudar?

Comecemos pelas nossas Conversas!

“E tudo que desejares a ti Voltará.”

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